Tuesday, September 28, 2010

Anma


Olhei ao meu redor e a sua força me estremeceu. Calou as poucas palavras que previ e soprou em mim uma beleza vinda das entranhas. A parideira, a acolhedora, a selvagem. Escancaradamente feminina. Naturalmente bela. Ela, a África.


Monday, September 27, 2010

Muito o que agradecer!




“Que a alegria da consciência tranqüila, que sempre vos acompanhou, repouse também em meu coração. Que a vossa proteção, Cosme e Damião, conserve meu coração simples e sincero para que sirvam também para mim as palavras de Jesus: 'Deixa vir a mim os pequeninos, pois deles é o Reino do Céu'. São Cosme e Damião, rogai por nós.”

Friday, September 24, 2010

Cafuné


Nem o sofrimento
mais sofrido
resiste a um cafuné de amor.
Mas se no carinho dos dedos,
a lágrima de alívio não vier,
não peça. 
Feche os olhos e sinta.
Dissolva-se
no afago, na carícia, no dengo.
Entregue-se
à feitura do coração.

Wednesday, September 22, 2010

Yoni

Eu: Oi, querida!
Ela: Te acordei?
Eu: Não. Já tava acordada. Vi que você me mandou três torpedos e deixou mensagem na caixa. Já ia...
Ela: Missão cumprida.
Eu: ???
Ela: Fiz a massagem Yoni.
Eu: Y... o quê?
Ela: Lembra que as meninas mencionaram essa técnica outro dia? 
Eu: ...
Ela: A massagem tântrica...
Eu: Você foi??? Conta tudo!!!
Ela: Não dá pra contar. Tem que ir lá.
Eu: Ah, nem vem com essa. Preciso de detalhes. A palavra... o que significa mesmo? 
Ela: Sei lá!
Eu: Peraí, tô na internet. Vou olhar. Como se escreve? 
Ela: Y-O-N-I
Eu: Wikipedia: "Yoni é uma palavra do Sânscrito que significa "passagem divina", "lugar de nascimento", "fonte de vida", "templo sagrado" e ainda o órgão sexual feminino". Parece tão poético tudo... 
Eu (curiosa): Chega de suspense! Fala logo!
Ela: Já disse. Não dá pra descrever. 
Eu: ...
Ela: Mas te liguei para dizer que resolvi escrever um capítulo sobre sexo.
Eu: Calma. Você fez com um homem ou com uma mulher?
Ela: Homem.
Eu: !!!!
Ela: É que você não foi no último almoço do Closet Writers. Eles disseram que falta sexo no meu livro.
Eu: Verdade. Também notei que, nos primeiros capítulos, a definição do cardápio para o almoço praticamente virou um dos pontos centrais da narrativa. Sem falar nos problemas com a babá...
Ela: No final, chegamos à conclusão que ninguém do nosso grupo está escrevendo sobre sexo.  Este tema é mais tabu do que a morte.
Eu: Fato.
Ela: Por que você não escreve sobre isso no seu blog?
Eu: Sobre tabu?
Ela. Não. Sobre sexo.
Eu: Eu não fiz massagem Yoni.
Ela: kkkkk
Eu: Já pensei várias vezes em escrever sobre sexo. Mas não tive coragem. 
Ela: Pois é.
Eu: Linda, tô curiosa. Conta pelo menos um pouquinho da massagem.
Ela: Você tem que ir, senão estraga a surpresa. Vou te mandar o capítulo sobre sexo. Quero saber a sua opinião.
Eu: Manda sim. Olha só, vou nessa. Tô na correria da viagem.
Ela: Claro. Anota aí o telefone do lugar.
Eu: Desencana... depois eu pego com você, se for o caso. 
Ela: Sure?
Eu: Sim. Pra ser sincera, prefiro outro tipo de massagem.
Ela: Hahaha. Boa viagem! E escreva algo sobre sexo no seu blog.

Tuesday, September 21, 2010

Ele chegou junto dela e disse: faça isso. Continue com os seus escudos protetores. Esconda-se na sua individualidade e no seu isolamento escapista.  Isso. Repita os seus padrões. Um a um. Alimente o medo da solidão e da rejeição. A idéia de que você não tem direito ao amor. Nutra bem esta sua sensação de que você sempre está vulnerável diante de mim. Acredite neste absurdo. Que eu sou incapturável. Que eu sou livre demais para você. Cara**o! Será que você não vê? Você gosta de mim justamente por isso, mas me deixa pelo mesmo motivo. Desiste de mim e sai à procura de alguém estável, um imbecil conformado. Por quê? Porque só aí você se sente "segura". Segura para viver os seus conflitos caóticos. Precisa de alguém - mesmo que inepto - à sua espera. Pacientemente aguardando você voltar dos seus repentinos surtos de sufocamento. Sim, porque você é desse jeito. Sente-se completamemte no direito de ser livre. Mas o outro? O outro não. Quando o outro é livre você não aguenta. Vá lá. Acomode-se com qualquer um. Um idiota que nunca irá mexer com o seu coração, mas que lhe dá essa estabilidade ilusória. Vá em frente. Fique longe de mim. Inviabilize qualquer tipo de fresta que permita com que eu me aproxime de você. Vista a sua armadura e fique aí dentro apenas imaginando como seria a nossa intimidade real. Entre na sua carapaça e construa todos os argumentos necessários para se convencer de que eu não sou o cara certo para você. Que eu sou carismático demais, dinâmico demais, interessante demais. Que tem uma porrada de mulheres no meu pé. Que você não consegue lidar com o ciúme, a insegurança e o medo. Tudo bem. Rejeite com toda a sua força racional o sentimento que você tem por mim. Jogue essa paixão em qualquer lugar. O tesão... sei lá. Foda-se! Vá embora. Mesmo sabendo que você quer ficar comigo.  

Monday, September 20, 2010

Sunday, September 19, 2010

Somewhere in Bahia...



Era uma hora qualquer
de um dia qualquer
em qualquer lugar
lá na Bahia.

Era um sentimento qualquer
um pensamento qualquer
um qualquer
qualquer coisa.

Friday, September 17, 2010

Medo


Medo de não ser inteligente, criativa, diferente. Medo de ser uma cópia, uma falácia, uma desilusão. Medo de ficar parada, estagnada. De subir e despencar. Medo de fracassar, de perder. De ganhar e não poder levar. Medo de me apaixonar. De me desapaixonar. De me machucar. De magoar. Medo de gostar e dar errado. Medo de dar certo e depois degringolar. De sofrer. Medo de ser esquecida, de não ser lembrada. Medo de ser criticada, julgada, ferida, traída, deixada, rejeitada. Desautorizada. Medo de falar de menos. De falar demais. De me abrir. De me fechar. De me expor. De me contrapor. Medo de parecer idiota, blasé, desinteressante. Medo de ser uma farsa, uma piada, uma histeria. Medo de destoar, de desafinar, de resignar. De desmoronar. Medo de ser mais uma. Uma a mais. De não ser nada demais. Medo de ser dominada, castrada, frustrada. Medo de ser esmagada, oprimida, discriminada. Aprisionada, escravizada, excluída. Medo de me sentir deslocada, inferior, rebaixada. Medo de ser incompreendida, mal-interpretada, confundida. Medo de ser exigida, cobrada, demandada. Medo de ser medíocre, de ser limitada, de não ser ninguém. Medo de cair na rede, na lábia, no chão. Na banalização. Em contradição. Medo do desconhecido, da rotina. Medo de me perder. De nunca me encontrar. Medo de querer e não conseguir. Medo de conseguir e não dar conta. Medo de me apegar ao medo. Medo de me deixar vencer pelo medo.

***
Inspirado no texto da arosaquefala.

Thursday, September 16, 2010

Novela mexicana II


Ela aproximou a sua boca da dele e respondeu: sabe qual é o seu problema? É esse seu jeito de intelectual libidinoso. Se você fosse só intelectual ou só libidinoso, nem xaveco de novela mexicana iria resolver. Mas essa sua mistura esfíngica me desconcerta. Eu conheço você. Super articulado. Um perito em batalhas filosóficas. Vive defendendo idéias e crenças; falando que curte livros, música e filmes alternativos; se metendo nessas discussões especulativas recheadas de teorias e argumentações; fazendo esses cursos difíceis de explicar; lendo poemas do Pessoa e citando Clarice... mas no fundo, lá no fundo, eu sei o que você quer. É, acho que é por isso que eu beijo você intensamente. Por causa dessa sua pegada intelectual-libidinosa. É, é por isso. Que eu quero você. Só você.

Novela mexicana I

Quero falar no seu ouvido...


Eu cheguei no ouvido dele e disse baixinho: eu cansei. Cansei do meu medo, das regras, do ideal. De pensar. Pensar. Pensar. De remar contra o meu sentimento. De tentar não sentir. Porque eu sinto. Algo em mim quer seu corpo, sua fala, seu cheiro. Quer. Você.  Despudoradamente quer. Você. Se é loucura, devaneio, projeção, não sei. Perdi as forças para refletir. Se eu deveria ou não deveria, vai saber. Não consigo mais raciocinar. Os meus neurônios colapsaram de tanto argumentar contra o pulsar que grudou em mim.  A incapacidade de temer o futuro me venceu. Fui surpreendida pelo presente. Pelo que é. Só dou conta do agora. E o agora é você.

Imperfeição


Fui dormir pensando: tá tudo errado. Eu tô errada. Você tá errado. Quantos erros entre nós, meu Deus! Mas, de um dia para o outro – e uma noite no meio – algo totalmente novo aconteceu. Uma coisa diferente. Sim. Uma mágica qualquer. Uma alquimia sem nome. Do nada, sem mais nem menos, despertei e comecei a me dar bem com aquilo que eu tanto abominava. Absorvi aquela palavra que antes não podia ser pronunciada: im-per-fei-ção. É, naquela manhã, foi distinto. Eu acordei. Desnudada. E, sem mais nem menos, descobri que estava completamente apaixonada por seus defeitos. E neste momento - transcendente, eu te digo - eu me senti libertada da minha ridícula teoria. Não sei como, mas percebi que eu adorava os seus pecados, tanto quanto eu era gentil com os meus. Eu vi a beleza das suas falhas e como elas são condescendentes com as minhas. Neste instante único, tive uma vontade danada de tocar você.  De abraçar as suas contradições. De dar colo para a minha própria insensatez. Era um desejo enlouquecido de aceitar as suas incongruências e disparatadamente entender as minhas banais incoerências. Foi tudo tão leve. Queria te ver. Precisava te contar, tal era o ineditismo deste acontecimento. Falar de forma desatinada e escutar a sua voz. Ouvir a sua perplexidade. Porém, de súbito, o contar me pareceu tão desnecessário. A mansidão da realidade era maior.  Levantei e troquei de roupa. Tomei café. Feliz. Numa sabedoria sem rumo. Na qual tudo podia esperar. Sem perdas.

Wednesday, September 15, 2010

Novela mexicana

Ele olhou fixamente para ela e falou: sabe qual é o seu problema? É que você adora uma novela mexicana. O drama cotidiano lhe atrai. Assim como os amores espetaculares, o sofrimento doído, os suspiros profundos, o proibido. Você tem um desprezo pelas coisas que acontecem sem holofotes e aplausos finais.  A vida é mesmo um palco para você.  Não basta dizer adeus. Tem que sair batendo a porta com furor. Com efeitos sonoros. Não basta que alguém se apaixone por você. Ele tem que sofrer, lutar, superar obstáculos. E beijar intensamente, como se cada beijo fosse o último. O do happy-end.  Neste quesito você é boa: beijar intensamente. Andei pensando... acho que me deixei envolver pela sua dramaticidade por isso: por causa do seu beijo.

Novela mexicana II

Tuesday, September 14, 2010

Será que é possível...

Bahia, setembro de 2010

Será que é possível..
eu me transformar, sem me machucar? Sem lhe magoar?
Será que é possível..
você se jogar e eu aparecer do outro lado para lhe amparar?
Será que é possível...
você avançar e eu abrir o coração para lhe escutar?
Será que é possível...
eu me desculpar e você me abraçar?
Será que é possível...
a gente voltar, voltar a se beijar?

Monday, September 13, 2010

A caminho de Moçambique

Em breve estarei lá: Mama África. Durante muito tempo eu sonhei com essa viagem, que para mim é uma volta. Um retorno sem nunca ter ido, e também sem nunca ter saído. Explico: algo meu tem a sensação de pertencimento a este continente. E mesmo sem jamais ter colocado os pés na África, tenho a impressão de que nunca a deixei. Uma vez perguntaram ao Osho como ele poderia falar do feminino sem nunca ter sido mulher e ele respondeu: mas eu já fui, várias vezes, em outras encarnações. É exatamente assim que me sinto, eu já fui de lá. Eu já vivi lá. E sem nenhuma comprovação racional, da qual eu realmente nem preciso, a minha alma vive essa conexão inexplicável. Eu até poderia dizer que essa relação é óbvia, afinal, eu vim da Bahia. Mas para mim ocorre exatamente o inverso, eu nasci na Bahia porque eu já tinha um vínculo espiritual com a África. Ou alguém pode até alegar que este tipo de "referência" seja algo comum, uma vez que, em última instância, todos nós temos uma ligação com o berço da espécie humana. Pode ser. Seja lá qual for o motivo, para mim, este nexo "é". Curiosamente, não fui atrás desta viagem. Ela veio a mim. Há poucos meses, uma pessoa me ligou e perguntou, assim, sem mais nem menos, se eu queria dar uma palestra em Moçambique. Eu nem sabia do que se tratava. Aceitei. Reconheci o destino. Maktub. Agora, a poucos dias da minha ida, eu nada pesquisei. E nem tive vontade. Eu não vou em busca de nenhuma experiência específica. Nenhuma paisagem, nenhum culto, nenhum conhecimento. Nenhum som, comida ou cor. Eu vou com a doce tranqüilidade de quem retorna à casa.

brinquedo novo

Minha primeira foto com a Canon G11 -
no meu aniversário na Ilha de Sto Antônio - BA

Friday, September 10, 2010

Vidas Passadas

Ontem, em Salva-dor

"Negras mulheres, suspendendo às tetas 
Magras crianças, cujas bocas pretas 
Rega o sangue das mães: 
Outras moças, mas nuas e espantadas, 
No turbilhão de espectros arrastadas,
Em ânsia e mágoa vãs!"
Castro Alves

Thursday, September 09, 2010

Sem volta

Ela se arrumou, passou perfume e saiu ao encontro dele. Na hora e no local marcados, ele a esperava, aparentando casualidade. Puro simulacro. Olho no olho, ela intuiu que a ansiedade de beijá-la o atiçava com insistência. Na verdade, ele nunca sabia ao certo quando tocá-la e, naquele dia, menos ainda. O distanciamento articulado que ela demonstrava revolvia as inseguranças dele até a pele. O  ponto de encontro era inusitado. Ela jamais estivera ali e pressentia que nunca mais voltaria, mesmo ciente de que nunca é uma terra desconhecida. Sentada, analisava o ambiente e as pessoas. Ponderava o anseio dele. E o mais importante: observava a si mesma.  Há muito, fazia um exercício sincero para ser tomada pelo sentimento, qualquer sentimento. Entretanto, naquela circunstância, precisava lançar mão de sua frieza em desuso. Acreditava que essa era a única forma de conseguir dizer o que precisava ser dito. Ele falou por alguns minutos. Ela, introspectiva, apenas balançava a cabeça e aguardava o fim do protocolo. Vestida de uma postura inalterável, focou seu pensamento no que “deveria ser feito”. No fundo, nem o lugar e nem o momento estavam adequados. Mas ela se convencia de que para falar verdades irremediáveis, lugares e momentos ideais não existem. Após instantes jogados fora, um intervalo de silêncio tomou conta dos dois. Era o tão esperado vazio. Ela hesitou. Tinha plena certeza do seu propósito, mas lhe doía assumir uma armadura insensível. Não por causa dele ou do que ele poderia vir a sentir. Mas porque aquela carapaça mental significava um retrocesso na sua vida. Não era a coisa em si ou a conseqüência da coisa em si que a chateava. Era o como. Haveria uma forma mais sutil de terminar um relacionamento? Ela desconfiava que sim. Porém, a sua suspeita sobre essas outras maneiras era puramente teórica. Conformada, assumiu o jeito pragmático que conhecia.  Sem rodeios, despediu-se dele em menos de cinco minutos. Seu adeus saiu como um tiro. Com uma tranqüilidade fingida, levantou, agradeceu por tudo e foi embora, fragilmente aliviada.

Wednesday, September 08, 2010

Como terminar um namoro




Um amigo acabou de me enviar... bom receber dicas mais realistas :)

Tuesday, September 07, 2010

Sossega, mulher!


Ela me olhou seriamente e disse: "mulher, calma, para onde você vai com essa pressa toda? A única coisa que Ele está pedindo de você é serenidade, mas você não sossega. Aqui fora até que você se sai bem. Estabelece seus objetivos e cumpre. Mas aí dentro é um ímpeto emocional que sai de baixo. Você ainda não cansou desse sorvedouro? Vou lhe dar um recado claro: a única coisa, repito: a única, que você precisa fazer é aquietar. Serenar essa alma rebelde". Racionalmente, balancei a cabeça e concordei. Mas lá bem no fundo, contestei: não creio que isso seja possível. Tenho muito apego à minha natureza.  


Pronto. Falei.


Sabe o que me amarra a você? O seu borogodó. Pronto. Falei. Tento despistar, distrair, desviar, mas o seu ziriguidum sempre me pega na curva. Já disse: "vê se me erra". E você? Que nada! Swing certeiro o seu. Rodeia daqui e dali. Sacoleja de cá e de lá. E eu, besta que sou, acabo caindo de jeito na sua mandinga. Êta feitiço bem feito esse seu. 


Saudade de você (de novo)


Tô com saudade de você. Não devia. Mas sabe como é. Tô. Queria falar outra coisa. Porém, só tenho vontade de dizer: saudade, saudade, saudade. Um saco isso. A essa altura do campeonato, até a nostalgia já caiu de moda. Só eu é que não me atualizei. Continuo contrária ao tempo. Insistindo num passado obsoleto. 


Monday, September 06, 2010

Cansei de ser mais da mesma apenas por puro medo de entrar no inexplorado em mim.

Sunday, September 05, 2010


Dream big. Act bigger.

Se quiser

Aquela conversa está atravessada na sua garganta porque você quer. Fale. Chore se preferir. Estou aqui. Desarmada e pronta para lhe ouvir. O que não faz sentido é aquele dia ficar ruminando em você.  Desembuche. Já disse, isso está mal resolvido porque você quer. Não, pensando melhor, agora entendi. Estou sendo injusta. Não é pelo querer ou deixar de querer. É pela falta de hábito. Sei como é. Você desaprendeu a expressar o que verdadeiramente sente. Refletindo melhor ainda, agora percebo: você desacostumou de ser quem você genuinamente é porque, muitas vezes, suspeitou que o que você é poderia não ser amplamente aceito. Compreendo na pele. Porém, sobre a reação do outro você não tem nenhum controle. Sobre o meu sentimento tampouco. Somos todos imprevisíveis mesmo. Mas de coração, garanto que irei escutar as palavras que estão entaladas em você com todo o carinho do mundo. Só não posso lhe prometer que vou lhe aceitar incondicionalmente. Você sabe, isso só acontece quando brota o amor. No dia em que o amor me tomar, não tenho dúvida, vou lhe acolher sem nenhuma condição. Juro. Por enquanto, você tem a minha escuta. Sincera. Venha. Esqueça essa sua praxe de maquinar o discurso. Desmantele e diga. Se quiser.

Saturday, September 04, 2010

Fatumbi



Fatumbi: aquele que nasceu de novo

Documentário Pierre Verger - Mensageiro Entre Dois Mundos

foco


 Mais criação e menos destruição. 

Friday, September 03, 2010

Adeus

É difícil te dizer tchau. Mesmo quando o destino pede para que eu te diga adeus. Difícil. Pare. Pare de segurar a minha mão. Pare de querer. Querer que eu fique. Tudo já se despediu. Tudo. Menos eu. E você. Você me segurando. Segurando a minha mão. Tentando. Que eu volte. Volte atrás. Um atrás que não existe. Não existe mais. Adeus.