Pelo caminho ela ia. Sozinha ia. Passo-a-passo, andava. Sempre em frente, caminhava. Em direção ao horizonte longe e vazio, algo dentro dela a empurrava. Compenetrada e solitária, a estrada percorria. Sem olhar para os lados, a sua sina a impelia. A andar, toda hora, todo dia. Nas costas, a sua mochila de escola carregava. Sem muita razão e sem muito porquê, ela caminhava. Sem pai, sem mãe, sem irmãos. Só estrada, só caminho, só avançava. Metro-a-metro, sem interrupção, mecanicamente, marchava. Dela pouco se sabia. Uma menina, por certo, que mesmo com o passar do tempo, a mochila não tirava. Uma vez, ela suspirou e disse que o seu destino era seguir, sem parar. E sem parar continuava. Ensimesmada e desamparada, andava.
Monday, December 13, 2010
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