Maya. Vale do Capão, Bahia. Jan 2011
No círculo do toré, ela, mulher, estava. Em torno da fogueira, com a cabeça erguida, olhava. O céu, as estrelas, o infinito. Admirava. As cantigas, as danças, os rituais, pacientemente, aguardava. E sem nenhum motivo aparente, apenas assim, de repente, uma criança da roda saltou e com passos determinados a fogueira driblou. Sem pestanejar, correu na direção dela e, para a sua surpresa, docemente a abraçou. Ela, da criança, nada sabia, mas, profundamente tocada, o abraço de erê retribuia. E, ao final deste feliz reconhecimento, ela, mulher, quis saber como a criança se chamava. E Maya foi a resposta que reafirmou o elo que as conectava.
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