Ela queria sair dali mas ele puxou o braço dela, obrigando-a a falar. Então ela reagiu: "você quer mesmo voltar a este assunto? Eu já entendi o seu ponto de vista. E sim, eu concordo com você. Tá satisfeito agora? Era isso que você queria? Que eu concordasse com você. Pronto. Concordei. Podemos finalmente encerrar este tema por aqui? Já disse. Eu assumo: tenho mesmo uma tendência a utopias afetivas. Eu idealizei você. Romantizei cinematograficamente. Mas depois de assistir a tantos filmes e ler dezenas de livros, você queria o quê? Já. Eu já absorvi os seus alertas. Todos. Mas, por favor, as culpas não jogue-as todas em cima de mim. Vai ver que é coisa de mulher... sei lá. Tem o movimento romântico, as novelas e, em algum lugar, também tem de mim. Eu não quero mais falar disso. Chega. Sim, entendi. Você é quem você é. Não quer se encaixar na minha projeção e nem virar o modelo de homem que eu fantasiei. Justo. Você quer ser respeitado em seus limites e está cansado de ser sufocado por cobranças. Honesto. Demorou mas compreendi. A vida ensina. A gente bate cabeça, bate, bate até que todos os mitos sejam estourados na convivência. E, mesmo que eu queira criar novos, vem o cotidiano e me acorda. Vem alguém, como você, e me chacoalha. Difícil, mas obrigada".
Monday, December 06, 2010
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