Pat, pensamentos de sábado de manhã...
Em tempos de discussões acaloradas sobre o fim do livro, kindle e leitores digitais, talvez estejamos diante do maior desafio e mudança de hábito desde os tempos de Gutemberg.
O ponto que sempre me preocupou é a preservação da memória histórica, que como um músculo, se não for exercitada, ela pode se atrofiar. Hoje a nova geração de jovens não precisa de memória, basta acessar qualquer site de informações, ainda que não saiba a importância e relevância das informações de cada site (que pode ser inútil ou não completa).
Como diz Umberto Eco, a cultura alfabética cedeu espaço pras fontes visuais, para os computadores que exigem leitura em alta velocidade.
Esses dias eu estava folheando alguns livros velhos que eu tenho na casa da minha mãe e encontrei o clássico "Sonhos de Robô", do espetacular Isaac Asimov.
Essa é uma maravilhosa história de ficção científica escrita nos anos 50. Trata-se de uma civilização do futuro em que as máquinas fazem tudo, todas as atividades, inclusive as mais simples contas de multiplicar.
De repente, o mundo entra em guerra e acontece um tremendo e completo blecaute e nenhuma máquina funciona mais. Instala-se o caos em todas as partes do mundo e o mundo para. Não há o que fazer. Os humanos não sabem mais como fazer o básico. Nem as contas básicas de soma e multiplicação!
Até que se descobre um velho homem do interior do Tennessee que ainda sabe fazer contas de cabeça. Mas, em vez de ser a salvação do mundo, ele se torna uma arma poderosíssima e passa a ser disputado por todos os governos, até ser capturado pelo Pentágono.
Não é maravilhoso? Isso pra mim, é uma parábola da importância de mantermos a preservação da memória histórica, de livros em papel, de leitura dos clássicos, como forma de vantagem competitiva em nossa equipe insitum. Porque num futuro próximo, talvez os jovens não tenham mais essa habilidade tão forte.
Se você tiver curiosidade e tempo, eu recomendaria ler o conto do Asimov, lembre-se que ele escreveu na década de 50!
Apenas para critério mais explicativo, o texto relaciona muito o modo como homem e máquina utilizam para pensar. É bom lembrar que isso é apenas fictício e que operações descritas como multiplicação e divisão são processadas de maneiras muito diferentes.
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