Aquela conversa está atravessada na sua garganta porque você quer. Fale. Chore se preferir. Estou aqui. Desarmada e pronta para lhe ouvir. O que não faz sentido é aquele dia ficar ruminando em você. Desembuche. Já disse, isso está mal resolvido porque você quer. Não, pensando melhor, agora entendi. Estou sendo injusta. Não é pelo querer ou deixar de querer. É pela falta de hábito. Sei como é. Você desaprendeu a expressar o que verdadeiramente sente. Refletindo melhor ainda, agora percebo: você desacostumou de ser quem você genuinamente é porque, muitas vezes, suspeitou que o que você é poderia não ser amplamente aceito. Compreendo na pele. Porém, sobre a reação do outro você não tem nenhum controle. Sobre o meu sentimento tampouco. Somos todos imprevisíveis mesmo. Mas de coração, garanto que irei escutar as palavras que estão entaladas em você com todo o carinho do mundo. Só não posso lhe prometer que vou lhe aceitar incondicionalmente. Você sabe, isso só acontece quando brota o amor. No dia em que o amor me tomar, não tenho dúvida, vou lhe acolher sem nenhuma condição. Juro. Por enquanto, você tem a minha escuta. Sincera. Venha. Esqueça essa sua praxe de maquinar o discurso. Desmantele e diga. Se quiser.
Sunday, September 05, 2010
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