Chapada, jan 2011.
Meu Deus, são tantas teorias. Compêndios e compêndios sobre. Sobre a felicidade, sobre a tristeza, sobre o amor, sobre o medo, a tranqüilidade. Chega! Eu não quero mais nada sobre. Eu quero sentir o sentir. Eu quero o real. Quero nele perceber o quanto a palavra é limitada, rasa e pouca. Palavras apenas! O essencial é silencioso e inominável. Ele dispensa hipóteses, argumentações, teses. Ele transcende as doutrinas. Da mesma forma que uma gargalhada incontrolável ultrapassa as explicações sobre nós mesmos. Numa risada desmedida, que vem do fundo da alma, jamais paramos no meio e teorizamos: gostou? Tá faltando alguma coisa? Como posso melhorar o meu desempenho? Nós não fazemos isso porque quando gargalhamos do fundo da nossa potência, de forma real e verdadeira, as teorias sobre “como gargalhar melhor” não nos interessa. A opinião e o reconhecimento do outro são irrelevantes. As críticas inúteis. A verdade nos alimenta e nos dá um rumo. Deus, por isso, eu só lhe peço uma coisa: sentir o sentir. Sentir todos os bons e maus arrepios para que a minha vida não passe em branco. Para que a minha vida não seja um sorriso sintético, fabricado, científico. Por favor, afaste-me dos ilusórios manuais e permita-me sentir. Dai-me sempre o afeto do imprevisível sentimento.
2 comments:
Tem coisas q simplesmente surrupio sem pedir licença...outras, aviso...rs
Bjssss
Feel free!
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