No sonho, eu era a madona negra e, nos meus braços, o seu filho mamava. Você redimido e liberto, ao meu lado, tranquilamente repousava. Lá do alto, os mestres apareciam e anunciavam o resgate do sol através da reverência à pura energia lunar: o masculino sagrado havia finalmente reencarnado e nenhum homem mais precisaria lutar.
Madona Negra, Cláudio Canato
“A história da Madona Negra possui a qualidade dos mistérios profundos. Do que pode ser revelado pela escrita, temos o registro histórico que nos remete aos cultos da Mãe Terra, da Grande Mãe - a Deusa.
'A escuridão precede a luz e ela é me' (inscrição no altar da Catedral de Salerno). A primeira sabedoria era escura e feminina, útero eterno que na tradição religiosa Africana do Candomblé é representada pelo poder ancestral feminino Iyá-mi-Osorongá (minha mãe Osorongá). Este útero eterno, matéria informe, o ventre da terra, é simbolizado pelo igbá - a cabaça que é a totalidade, o conteúdo e o continente. Primordialmente um símbolo integrador, ela é capaz de aplicar seu poder na resolução de todos os opostos." Carminha Levy
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