Eu queria ser uma daquelas pessoas incríveis que têm o desprendimento de apreciar o caminho, mas prefiro ser sincera e assumir que não sou. Ou ainda não. Fui treinada ou domesticada, sei lá, por performance. Acostumei a ter o alvo como meta. Ou a meta como alvo. E pior: este tipo de estratégia sempre deu certo. Deu tanto certo que um dia, deu errado. Óbvio! E na incidência dos erros, estou sendo delicadamente (delicadamente?) forçada a ver beleza na paisagem. Claro que se fosse por mim, eu continuaria traçando diversos objetivos e, sem nem olhar para o lado, já estaria em um dos meus destinos comemorando e dizendo: next! Tudo bem que a jornada seria ansiosa e sofrida e que a alegria seria pontual e fugaz. Mas, na real, também dói muito jogar fora todos os condicionamentos para aprender a ter prazer na caminhada. E é isso que está acontecendo agora: deixar fluir até poderia ser agradável, se não fosse tão doloroso sair de um padrão repetitivo.
Wednesday, June 29, 2011
Cacoete de Performance
Eu queria ser uma daquelas pessoas incríveis que têm o desprendimento de apreciar o caminho, mas prefiro ser sincera e assumir que não sou. Ou ainda não. Fui treinada ou domesticada, sei lá, por performance. Acostumei a ter o alvo como meta. Ou a meta como alvo. E pior: este tipo de estratégia sempre deu certo. Deu tanto certo que um dia, deu errado. Óbvio! E na incidência dos erros, estou sendo delicadamente (delicadamente?) forçada a ver beleza na paisagem. Claro que se fosse por mim, eu continuaria traçando diversos objetivos e, sem nem olhar para o lado, já estaria em um dos meus destinos comemorando e dizendo: next! Tudo bem que a jornada seria ansiosa e sofrida e que a alegria seria pontual e fugaz. Mas, na real, também dói muito jogar fora todos os condicionamentos para aprender a ter prazer na caminhada. E é isso que está acontecendo agora: deixar fluir até poderia ser agradável, se não fosse tão doloroso sair de um padrão repetitivo.
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
No comments:
Post a Comment