Eu odeio você porque odeio todas as pessoas covardes que, como eu, se escondem atrás de subterfúgios, desculpas e vitimizações. Eu odeio você por sua falta de entrega que espelha o meu medo de me expor e de viver. Eu odeio você pela lentidão, pelos passos para trás, pela insegurança. Pelo porém, quase, talvez, depois. Por suas análises cartesianas mais que infindáveis e inúteis. Eu odeio você por tudo aquilo que eu odeio em mim. Por tudo aquilo que você deveria ter feito e eu não fiz. Eu odeio você porque quero que você tenha a coragem que nós não temos. Eu odeio você, em alto e bom som, gritando na sua cara, para que eu possa ouvir, o quanto odiar é algo possível, mesmo numa sociedade em que as pessoas se acham limpinhas e corretas e em looping proclamam a beleza de um amor incondicional que elas nunca tiveram o destemor de sentir. Eu odeio você mesmo que você alegue que odiar é sujo e reprovável, que eu deveria me conter, me tranqüilizar, me situar. Eu odeio você porque às vezes, mas não todas às vezes, assim é. Incontrolável e fraco o humano é. No meio da noite ou em algum momento do dia, frágil é.
Friday, October 07, 2011
Eu odeio você
Eu odeio você porque odeio todas as pessoas covardes que, como eu, se escondem atrás de subterfúgios, desculpas e vitimizações. Eu odeio você por sua falta de entrega que espelha o meu medo de me expor e de viver. Eu odeio você pela lentidão, pelos passos para trás, pela insegurança. Pelo porém, quase, talvez, depois. Por suas análises cartesianas mais que infindáveis e inúteis. Eu odeio você por tudo aquilo que eu odeio em mim. Por tudo aquilo que você deveria ter feito e eu não fiz. Eu odeio você porque quero que você tenha a coragem que nós não temos. Eu odeio você, em alto e bom som, gritando na sua cara, para que eu possa ouvir, o quanto odiar é algo possível, mesmo numa sociedade em que as pessoas se acham limpinhas e corretas e em looping proclamam a beleza de um amor incondicional que elas nunca tiveram o destemor de sentir. Eu odeio você mesmo que você alegue que odiar é sujo e reprovável, que eu deveria me conter, me tranqüilizar, me situar. Eu odeio você porque às vezes, mas não todas às vezes, assim é. Incontrolável e fraco o humano é. No meio da noite ou em algum momento do dia, frágil é.
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1 comment:
Caramba,sem comentários!
Mas... adorei o texto,rsrs
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