Thursday, December 27, 2012

Sombra


Naquela noite eu estava exausta de tanta briga, foi por isso que eu fui até a sua casa e lhe disse: “você manda em mim”. Evidentemente foi pouco. O que para mim era imenso, para você era quase nada. Com o calculismo típico das pessoas impiedosas, você sorriu com o canto da boca e cinicamente aguardou. Por meses esperou, não por qualquer frase que eu poderia ingenuamente vir a proferir, mas pela frase que você projetou. Agora, nua e humilhada pelas extenuantes repetições, digo o que você sempre quis ouvir: “sim, eu me submeto a você.” 

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