Ah, Jurema, depois que te conheci, passo os dias esperando tu. E vem Iansã, e vem Yemanjá e Pomba Gira e Obá e Oxum, mas, não
tem jeito, eu quero mesmo é tu. É verdade que elas são lindas, nem sou louca de
negar, mas são partes. Só tu, Jurema, é inteira. Elas usam títulos e se dizem
rainhas porque desconhecem a força do nome mulher. Mas tu, Jurema, é sabida de ti e ser Jurema te basta. Do teu corpo terra, do teu corpo barro, do teu corpo
Gaia, brota a seiva, a selva. É nele que corre o rio. É na tua respiração que a
liberdade dança. É da tua vagina que se ouve o som: eu sou.
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