Eu sou apaixonada pelo Raul. Não me pergunte desde quando. Desde sempre. Porque tenho a nítida sensação de que quando eu nasci, as músicas do Raul já estavam impregnadas em mim. Também não me pergunte por quanto tempo ainda. Never ending story. As suas letras, continuamente, se renovam na minha alma. Raul é atemporal. É tão metafísico quanto eu. Quanto a existência inexplicável do próprio ser humano. Sem mencionar o fato de que Raul é baiano, o que já o torna especial. É, eu ouço mil vezes suas músicas. Sem parar. Porque, cada vez que ouço, estabeleço uma nova relação com as palavras. De uns tempos pra cá, Gita é uma das que mais mexe comigo. Digo de uns tempos pra cá, porque antes eu não entendia. Ouvia e não fazia idéia do que ele queria dizer. Agora fico perplexa com a sua profundidade: "Eu sou o início, o fim e o meio", entendeu? "O meio". E "Ouro de tolo"? Escuto e fico esperando aquela frase absolutamente incansável: "porque longe das cercas embandeiradas que separam os quintas, assenta a sombra sonora de um disco voador". Libertador! Libertário Raul, eterno Raul.
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
No comments:
Post a Comment