Tuesday, April 05, 2011

Morrer é preciso



Como é difícil deixar o velho partir para que o novo entre. O velho vício da dominação, da perfeição, da idealização, da manipulação, da ilusão. Quanto “ão”. Quanto desejo de poder e  de controle! Quanta prepotência! Morte ao que me suga, ao que me consome, ao que me acorrenta. Ceifador, venha! Quebre as minhas pernas, arranque todas as minhas cascas, corte o meu passado que me condena. Mostre-me que eu não sou nada! Que eu não sou ninguém! Que eu sou um poço antigo que apenas acumulou lodo, lama e sujeira. Acene-me com a liberdade das cachoeiras. Com a alegria dos que transcenderam e podem voar.

2 comments:

Mit Mujalli said...

Oi Pat Salve!
mas este texto é vipassana puro traduzido ao nosso drama existencial do sifrimento, do eterno vir a ser...divulguemos!

untitled said...

Querido, que surpresa boa você por aqui! Sim, a impermanência nossa de cada dia. Com muita vontade de participar do seu grupo de Vipassana. Beijo!