Monday, May 23, 2011

Yang meu

Itamonte, abril 2011.

Ela disse para ele: por que você não é quem eu gostaria que você fosse? Você não compreende que vendo quem você é, eu percebo quem eu sou? E eu não quero ser isso que você é: menino, inseguro, desconfiado, auto-sabotador, controlador. Você era a minha esperança de que eu havia, de fato, mudado. É dura esta constatação, sabia? Tanta catarse, tanta limpeza, tanta regressão para olhar pra você e me dar conta de que eu permaneço no mesmo lugar, com as mesmas defesas e condicionamentos. Continuo a vítima-prepotente, a observadora-orgulhosa, a sensível com fachada de dura.  Tudo bem que você é inteligente, sexy, espirituoso. Tudo bem que a sua conversa é incrível, que a sua alma acessa as estrelas e que a sua determinação para a mudança é genuína. Juro que eu adoro um monte de coisas em você. Sem falar no seu beijo, no seu olhar, no seu abraço quente, na sua energia... mas de que adianta você ser tudo isso, se você não se entrega ao fluxo da vida? Se rende, vai. Se joga no sentimento. Se descontrola. Faz isso por mim. Que é para eu olhar para você e finalmente saber que eu sou outra... 


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