Eu não sei o que deu eu mim. Se foi a saudade, a bebedeira ou a carência. Ou tudo junto, quem sabe. Só sei que deu. Uma vontade de te ver. De falar com você. Não, não de falar com você. Isso é banal. É pouco demais para as loucuras que ando cogitando dentro de mim. Sim, te encarar. Verdade nos olhos. Essa seria uma possibilidade. Digo uma possibilidade porque não me atrevo. Quem sabe você. Nem pensar, você diz? OK, vamos ficando por aqui. Você aí e eu completamente perdida nesta noite esquisita. Paralisada. Congelada. Cansada de dar o primeiro passo. Mas é trivial falar que eu cansei de dar passos. A verdade é que eu cansei de tudo. Só não cansei de você. Ou do jeito que você tem, às vezes. Porque, para ser sincera, muitas vezes, cansei do seu jeito também. E de mim? Sim, cansei de mim. Sobretudo, cansei de mim. E das muitas coisas que me assombram. Como a minha insegurança que me impede de te ligar. Sim, a minha falta de auto-estima me tolhe. Ela me segura, apesar da minha vontade latente. Vontade de quê, você pergunta? Vontade de tudo, de qualquer coisa, menos da minha insegurança que me impede. Você não acredita que eu seja insegura? Nem eu. É ridículo mesmo. Mas preciso confessar que o ridículo me persegue, hora-a-hora. Delicadamente, ele me acompanha, enquanto você torce para que eu pegue o telefone e tecle o seu número. Pode ser. Qual era mesmo?
Friday, August 20, 2010
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