Eu já entendi tanta coisa, mas tanta coisa. Que bom agora seria
ter coragem para não entender mais nada.
Tuesday, May 29, 2012
Thursday, May 24, 2012
Wednesday, May 23, 2012
A Ponte
“Você tem dois pés para cruzar a ponte. Tente outra vez”:
CorpoAlma. SubjetividadeObjetividade. SolLua. TeoriaPrática. EspíritoMatéria.
CiênciaArte. EsquerdoDireito. RazãoIntuição. RealidadeFantasia.
ConcretoAbstrato. PalavraImagem. YinYang. Tô tentando, Raul, juro que tô tentando...
Monday, May 21, 2012
Sunday, May 20, 2012
Acontece
Quando eu voltei de viagem e abri
a porta do nosso apartamento, sabia que você tinha me abandonado. Do aeroporto,
já imaginei. A caminho de casa, liguei no seu celular, mas diferentemente do
que sempre ocorria, você não atendeu. Chamou várias vezes e você não respondeu.
Pensei: ela saiu de casa. O Gabriel Garcia Marques teria afirmado: crônica de
uma morte anunciada. Eu apenas torci para que a realidade não imitasse a ficção.
Chegando no prédio, imediatamente subi o elevador, entrei na sala, deixei a
mala, fui até o quarto. Tudo parecia igual. Abri o armário e constatei: as suas
roupas não estavam mais lá. Peguei o celular e lhe liguei de novo. Tocou várias
vezes, mas você não atendeu. Senti uma culpa, a culpa que todos os homens
sentem mesmo sem saber o que fizeram de
errado. Ou uma culpa por tudo o que eu havia feito de errado, mesmo sem
saber porquê. Não sabia distinguir direito. Liguei no seu celular mais uma vez,
sabendo, de antemão, que você não iria atender. Eu conhecia você, determinada,
para o bem e para o mal. Olhei ao redor do quarto, olhei a cama, vi a aliança.
Não sabia direito o que pensar. Queria falar com você, ouvir a sua voz. Liguei
de novo. Nenhum retorno. Fui tomar um banho. Depois, ainda de toalha, comecei a
procurar pelo apartamento um bilhete seu, uma explicação, nem que fosse mínima.
Não encontrei. Lembrei das suas palavras no dia em que eu fui viajar: “quando
você voltar, eu não estarei mais aqui”. Você tem muita coragem. O que eu tenho
para lhe dizer? Não sei exatamente. Que a nossa separação foi devastadora para
mim. Acredito que você fez tudo de caso pensando.
Manifesto
Se eu pudesse, eu nunca tiraria você do meu coração, da
minha mente. Se eu pudesse, todo encontro seria nosso, nosso encontro. Se eu
pudesse, você me veria sempre nua, nua inteira, sem disfarces, sem armadura,
sem nenhuma artimanha, aquelas artimanhas ridículas e dispensáveis que as
pessoas usam todos os dias para se esconder. Se eu pudesse, eu iria sussurrar
no seu ouvido tudo o que eu sempre tenho medo de revelar, mas que me move, amplia
a minha a alma. Se eu pudesse, ah, se eu pudesse, eu diria o quanto você me fez
mudar, mesmo sem nenhuma intenção, somente por você ser quem você é, você me
fez mudar. Eu diria à realidade que ela é chata e que eu prefiro a companhia
das minhas utopias, das minhas revoltas infantis e da minha cama. Isso, se eu pudesse,
o nosso lar seria a cama e a cama seria um lugar transcendente, que ninguém, em
era nenhuma, em momento algum, jamais tenha imaginado ou vivido. Porque você, eu, nós, somos sonhadores, únicos e diferentes. E a humanidade inteira inveja
aqueles que se amam verdadeiramente. Que se entregam livremente ao amor sem
pudor e sem vergonha.
Você tentou...
Quando comecei a namorar com você, tinha certeza de que não daria
conta de tanta imprevisibilidade. A cada dia, você aparecia com uma novidade, um
curso novo, uma amizade diferente. Nunca sabia o que esperar de você e como
você reagiria às coisas que eu fazia ou falava. Vivia pisando em ovos. Tinha
uma sensação de que lhe agradar era uma tarefa das mais complicadas. As minhas
sucessivas tentativas para lhe impressionar sempre davam errado. Você não era nada impressionável. Tinha esse jeito blasé de que tudo era óbvio e banal.
Aí, um dia, você comentou que gostava dos Beatles. E no dia
seguinte, de novo e mais uma vez. Pensei comigo: pronto! Finalmente um
interesse mais estável. E isso me parecia a coisa mais constante que havia em
você. Mesmo que muita gente achasse os Beatles démodé e mesmo que eu próprio
nem gostasse tanto assim deles, era um alívio saber que você curtia a banda e que não
mudava de opinião.
Sendo assim,
pensei em como utilizar esta chance a meu favor. Gravar uma fita
cassete? Eu já lhe conhecia o bastante para saber que você iria torcer o nariz.
Ir assistir ao cover dos Beatles lá em Itapuã? Você iria odiar. Você detestava
qualquer coisa que não fosse original. Pelo menos isso, eu já havia captado. Então
me veio a seguinte idéia: vou aprender a tocar Hey Jude no violão para cantar
para ela. No íntimo, uma voz me dizia que nenhum outro cara havia feito isso antes. Eu
finalmente iria lhe surpreender.
Decidido a retomar as aulas de violão, liguei para Paulo, um
antigo professor. Na primeira aula, já falei que queria aprender Hey Jude, a
sua música favorita. Ele retrucou, alegando que deveríamos pegar uma
canção mais fácil, “Lua, Lua, Lua” do Caetano, talvez. Eu contei o meu plano
para ele. Revelei que queria lhe impressionar. Ele compreendeu perfeitamente e
me incentivou. Qualquer um teria me entendido.
Três semanas depois, eu já me achava em condição de tocar
Beatles publicamente. Assim, eu me enchi de coragem, chamei você lá em casa e imprimi
a letra da música como recordação. Estava ansioso, mas convicto de
que desta vez iria lhe conquistar definitivamente.
No dia D, lá no meu quarto, senti como se estivesse no
palco. Nem Paul McCartney teria cantado com tanta vontade e emoção. No último
acorde, esperei um beijo, um aplauso, uma lágrima. Você, porém, ficou em
silêncio. Imaginei que estava impactada demais para se manifestar. Comigo sempre
acontecia uma coisa deste tipo: quando algo me tocava profundamente, ficava catatônico.
Eu me coloquei no seu lugar. Feliz por ter deixado você tão comovida, resolvi lhe levar para a sua casa.
Estava convicto de que não deveria estragar um momento mágico com palavras
levianas.
No dia plabejado, esperei que você me ligasse. Entretanto, para
a minha surpresa, você não se pronunciou. Por mais que tentasse me conter, não
agüentei, lhe telefonei, mesmo ciente de que iria interromper um silêncio sagrado.
Peguei o telefone com um sorriso no rosto e pronunciei a primeira frase com um
carinho quase que abstrato: “oi!”. Do outro lado, a sua voz metálica repetia: “acho
melhor a gente dar um tempo”. Até hoje me pergunto porque você acabou comigo.
Circulatio
“Sobe da Terra para o Céu e torna a descer para a Terra e
une para si próprio a força das coisas superiores e inferiores.” Hermes
Trismegisto
Em Veneza
Finalmente entendi porque na gôndola, quando eu cantava, era
a sua voz, gondoleiro, que saia da minha boca, não a minha. Linda a sua voz, mas não era a minha. Sedutora a sua voz,
mas não era a minha. Porque a minha própria voz eu ainda não tenho e lá também não
tinha. Era gostoso ouvir a sua voz, mas agora, confesso, quero ouvir a minha.
Friday, May 18, 2012
Eu menti pra você
Você tem razão: eu menti pra
você. Menti quando disse que lhe amava, pois eu nunca lhe amei. Nunca! Era um
apego, um vício, uma patologia. Uma paixão? Tudo menos amor. Porque amor de
verdade, por você, eu não me lembro de ter sentido. Nem por outro. Será que por
mim? Por você sabe-se lá o que eu sentia. Se sentia. Pensava o tempo todo.
Pensava demais sobre tantas coisas. O medo faz a gente pensar. Se é para buscar
um bode-expiatório para todos os erros que cometi na vida, aponto: o medo. Pânico
de você me deixar. De eu não ser tudo aquilo que você havia projetado. Peso.
Minha garganta sufocava. Minha rinite piorava. Eu precisava de ar. Por isso,
bati a porta. Por isso, quando você chegou, eu não estava mais lá. Assim, sem
mais nem menos. Dizem que eu fui má, que eu lhe larguei sem aviso prévio. Podem
falar o que quiser, que eu sou falsa, louca, imatura, que eu vivo na fantasia.
Possível. Agora, má, jamais! Pois fique você sabendo que sair de um casamento
de doze anos sem deixar ao menos um bilhete não foi crueldade, foi o ato de uma
pessoa criativa. Eu desejava um drama. Eu queria que o nosso término tivesse
flashes cinematográficos. Pode ser até patético, mas assumo que esse tipo de pensamento vem à minha mente nos
momentos mais cruciais: deixe a aliança em cima da cama, sem nenhuma
explicação. Quem sabe, um dia, isso dará uma história para um filme, uma
música, um poema de amor.
Wednesday, May 16, 2012
Desejo
Sem querer me justificar, mas já me justificando: foi a
serpente que me disse que eu deveria comer a maçã. Então, eu comi. Mas se ela não tivesse dito nada, eu teria comido do mesmo jeito.
Transcendência
Você tem razão. Quando nada mais me restar, ainda terei o
meu corpo. E quando o meu corpo for carcomido na terra batida, a minha alma
continuará a voar livremente no cosmos. Infinitamente.
Eixo
Que força é essa que eu tenho que achar dentro de mim para entrar
no meu desejo e sair do desejo do outro? Que eixo é esse, meu Deus? Sim, porque se eu quero que o outro me
reconheça, se eu quero que o outro me ame, se eu quero que o outro deseje a
mim, eu continuo no outro. Se eu escrevo para que o outro me leia, eu estou no
outro. Nesta sociedade do "look at me", será possível dançar como se ninguém estivesse olhando? E não se trata de excluir o outro, isso é fuga. Não se trata de ignorar o outro. Isso é tolice. Que desperdício seria a vida sem o outro! Mas também é desperdício quando vivemos aprisionados no desejo do outro, na vontade do outro, na opinião do outro, no medo do outro, no reconhecimento do outro, no prazer do outro. Qualquer que seja esse outro.
Pra ser real tem que ter defeito
Espero de coração que quem eu sou ajude você a ser quem você é e quem você é me ajude a ser quem eu sou. Porque ser quem você espera que eu seja está
fora de cogitação. Acho que alguém chamou isso de projeção. Sei lá. Na prática, acredito que funciona mais ou menos assim: quando você faz algo por você, automaticamente você está fazendo por mim. Por nós. Se você conseguir amar a si mesmo, que benção! Quem amor tem, amor transborda. Quem está conectado, conectado está. Quem se respeita, respeita. De outra forma, eu não acredito mais que um relacionamento funcione. É um tal de cobrar e jogar na cara. De ficar querendo mudar o outro, "melhorar" o outro, saber o que é "melhor" para o outro. Uma cafonice sem tamanho. Depois de um tempo, parece que o relacionamento gira apenas em torno disso: correr atrás para preencher a expectativa... do outro. A pessoa deixa de fazer por causa... do outro. Ou faz por causa... do outro. Um dia acaba e diz: tinha muita coisa legal, mas o problema era que o outro não me entendia, o outro não era isso ou aquilo. O outro...
Eu sou o cara
Dentro de mim mora um homem. É a ele que eu quero. É por ele que faço loucuras. É com ele que desejo me casar. Ele, o que reúne todos.
Monday, May 14, 2012
Ainda sobre a minha morte
Eu até queria lhe contar os detalhes da minha morte, mas acho que não tem muito mais a ser dito. Foi relativamente simples. Quando cheguei lá no
portão, ele me disse: “depois de passar pelos portais, você se suicidou”.
Fiquei atônita. Ele continuou: “como você demorou!”. Já que eu não me manifestei, repetiu:
“demorou”. Mesmo morta, fiquei indignada. Até aqui estão me julgando.
Inacreditável. Mas ele me abraçou e me acolheu. Quem é ele? Um dos guardiões
daquela dimensão. Acho. Apontou para o gondoleiro. Vi que era você. Não concatenei.
Como assim? Você estava lá no mundo inferior comigo? Que loucura! Você entrou
na mais escura das noites só para me resgatar. Que coragem! Disseram que não
teria saído sem a sua ajuda, teria vagado indefinidamente. Porém confesso que não fiquei feliz em lhe ver. Nem
triste. Estava perplexa. Você tinha um barco e cantava. Que situação inusitada.
No outro dia, pedi para que providenciassem uma mortalha. Branca, se possível. Lembrei
de Antígona e me enrolei no pano. Tinha essa urgência de ser sepultada. No
terceiro dia, a minha alma voava livre. Em meu corpo, corria um rio. O que vai
acontecer com você? Não sei. Nada foi dito. Pelo que entendi, você vai passar
um tempo aí. Aí onde? No profundo e escuro inconsciente. No espaço enigmático onde só a lua ousa entrar.
Sunday, May 13, 2012
Da minha morte, da minha nova vida
Você falou da minha morte assim, como se fosse um assunto casual,
usual. Como se acontecesse todos os dias, todo santo dia. Você falou da minha
morte, exemplificando, citando. Pra você foi tão banal. Tão simples e
corriqueiro. Direto: “você se suicidou”. Pelo jeito, nada demais pra você. E logo
começou a repetir a mesma ladainha: “como você demorou!” Tudo bem que você me
abraçou, tudo bem que você me acolheu, tudo bem que você estava esperando por
mim. Eu agradeço. Mas não se deve dar uma notícia tão forte desta forma, à
queima-roupa: “Depois de passar pelos portais, você se suicidou”.
Ninguém vai entender isso. Eu ainda não entendi isso. E também não sei lhe dizer porque eu demorei tanto para aceitar a minha
nova vida. Talvez o óbvio? Por mais que eu falasse em metamorfose, eu tinha medo morrer. Claro, você tem razão. É evidente que não há como renascer se a gente não se mata.
Filha, é assim.
A ceia está posta. Da carne como eu, do vinho bebo eu. Você?
Deve ir. Sem carne, sem vinho, sem mim. E se a sua dor é grande, a minha,
ah a minha, como é difícil ver você partir. Confie, vai dar tudo certo. Você será feliz.
Yang meu, você tinha um barco, você sabia cantar.
Obrigada, nobre, gentil e vigoroso gondoleiro por ter vindo ao mundo subterrâneo para me
resgatar na sua barca.
“Alguns heróis - como Héracles, Orfeu, Enéas, Dioniso e
Psiquê - conseguem viajar até o mundo inferior e retornar, ainda vivos,
trazidos pela barca de Caronte.”
Eis-me aqui.
“Inana se despiu, em sete portais sucessivos, de tudo que
ela havia realizado na vida, até estar nua, com nada restando a não ser sua
vontade de renascer.”
"Nua, e rebaixada, Inana entrou na sala do trono.
Os Anunaki do Mundo Subterrâneo cercaram-na
Eles passaram uma sentença contra Inana
Então Ereshkigal olhou para Inana com os olhos da morte
Ereshkigal bateu em Inana.
Inana foi transformada num cadáver,
Num pedaço de carne apodrecida,
E foi dependurada num gancho da parede.
Ninshubur bradou:
- Oh, Pai Enlil, não deixai vossa filha
Ser posta para morrer no Mundo Subterrâneo."
Saturday, May 12, 2012
Pés para pisar, asas para voar
Quando você me mostrou o caminho da matéria, a você se abriu
o caminho do espírito.
Sim, levem-no para o mundo inferior...
"Inana estava prestes a ascender do Mundo Subterrâneo
Quando os Anunaki, os juízes do Mundo Subterrâneo,
prenderam-na.
Eles disseram:
- Ninguém ascende do Mundo Subterrâneo sem uma marca
Se Inana deseja retornar do Mundo Subterrâneo,
Ela deve providenciar alguém em seu lugar."
Por favor, me entenda, não há como questionar os desígnios
do mundo subterrâneo, não há. Sendo assim, por mais que me doesse e me entristecesse, falei que levassem você. Acredite, eu lamento, lamento muito, mas outro não teria a sua grandeza, a sua retidão, a sua
coragem. Outro não teria a menor possibilidade de sair vivo de onde agora você está. Já você, eu tenho certeza, sairá.
“Os galla pegaram-no pelos quadris
Os galla derramaram leite em Dumuzi proveniente de sete
baldes
Eles quebraram a flauta de junco que o pastor estava tocando
Inana lançou a Dumuzi o olhar da morte:
- Levem-no embora!”
Pernas, pra que te quero?
Afrodite de Cirene
Aprendendo a caminhar sem braços, sem manipulações, só com a força das minhas próprias pernas.
Friday, May 11, 2012
Eu não sei perder
Aprendi a aceitar os fracassos, as derrotas, os erros. Agora
preciso aceitar algo inexorável: perder.
YinYang
Qualquer homem pode ser pai, filho. Qualquer homem pode ser amante, irmão. Mas
calhou você, yang meu, de ser tudo isso pra mim. Calhou eu de ser sua mãe, filha, amante e irmã.
Thursday, May 10, 2012
Tuesday, May 08, 2012
Metamorfose
Lost City, fev 12.
Estou me dando conta de que a transformação que eu
tanto busco só vai acontecer quando eu finalmente abdicar de toda e qualquer
tentativa de indução e me entregar a uma dimensão incontrolável da natureza
chamada vida-amor. Pelo jeito, essa é a verdadeira metamorfose. As outras pequenas mudanças são reparações... preparações.
Entrega
Quando você finalmente se fartar de todo e qualquer jogo de
poder, de toda e qualquer forma de manipulação, de toda e qualquer forma para dominar o outro, o
amor terá uma chance, será uma possibilidade real. Antes disso não.
Sunday, May 06, 2012
Paz
Eu sonho com o dia em que nós abdicaremos das críticas, cobranças e ameaças, das defesas e justificativas. Com o dia em que finalmente será possível
relaxar e sem nenhum tipo de culpa sentir o acolhimento quente do amor.
Corpo&Alma
Para sentir a alma, há que tirar os pés do chão. Para sentir
o corpo, há que fincar os pés na terra.
Corpo vivo
"Deficiente é aquele que não consegue modificar sua
vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive,
sem ter consciência de que é dono do seu destino.” Mário Quintana
Como é difícil sair dos padrões da mente
Quando me ofereceram água salgada, eu não bebi. Quando me serviram peixe vivo, eu não
comi. A abundância me foi ofertada e eu não me atrevi.
Saturday, May 05, 2012
Contradição
Eu não quero me expor para o outro e, ao mesmo tempo, eu
quero desesperadamente me expor para o outro.
Friday, May 04, 2012
Thursday, May 03, 2012
O corpo não mente nunca...
Joguei todas as muletas fora e agora tenho que seguir. A pergunta é: com que pernas, se eu não confio nas minhas?
É por isso que o David virou rei
Em algum momento da vida, precisamos finalmente
entender que quem possuía o poder real e verdadeiro era o David, porque teve a coragem de
enfrentar o troglodita do Golias usando a força do seu espírito como sua única
arma.
Corpo&Alma
Tudo,
absolutamente tudo, se resume a reconciliação dos opostos. O espírito que atravessa a carne, a carne que penetra o espírito.
Wednesday, May 02, 2012
Relaxando...
Comando e
controle não me excitam mais. Passado, valeu, mas a partir de agora o nome da brincadeira é entrega.
Toma!
Eu aqui
burramente insistindo em controlar a vida e o universo só quebrando as minhas
pernas...
Tuesday, May 01, 2012
Lindo.
Menino, você se atreveu a amar e a aceitar a prostituta sagrada. Agora pode sair por aí dizendo: sou homem.
SOS Natureza!
Tá tudo junto e misturado, mas a escola só nos ensinou a
pensar por partes. Natureza, me ensina a integrar?
Sagrado&Profano
Como pode a união acontecer se a nossa
sociedade exilou o espírito da matéria? Integrar, integrar, integrar. É só
isso que eu peço, universo.
Sobre o dizer sim. Sobre o dizer não.
Sim, vida, sim! E não, um redondo e definitivo não a tudo que me afasta de você.
Vestida de Noiva
Nem adianta negar porque eu sei que é ela que você quer, a
prostituta sagrada. Aquela que, vestida de noiva, em plena luz do dia ou na mais escura das
noites, invariavelmente diz sim.
Subscribe to:
Posts (Atom)